sábado, 16 de junho de 2012

Quatro da Madrugada

Acho que é iluminada, essa Taynara
Tem uma faísca na alma, isso dá pra ver
Emana luz pelos cabelos,
Que ao vento parece se perder.

Ela fala sobre uma tal de métrica
Sobre frutas que não provei
Sobre a saliva musical da Tiê.
A respeito da saliva e da métrica
Diz que tenho, e uso bem.

Acha beleza em tudo, não sei se realmente procura
Ou se a alma é límpida assim mesmo
Só sei que ficarias linda
Ao lado do meu pé de pitanga
Com o sol lhe pintando os cabelos.

Te vejo ali mesmo, ao lado do pé de pitanga
Admirando o pássaro marrom
Com o violão na mão.
E se erras a letra da música
Ou o acorde da composição
Ri feito o passarinho
Que a essa altura já encantado
Desata em sua própria canção.

Parece indestrutível, essa Taynara
Por isso merecia um poema
Mesmo feito ás quatro da madrugada.
Poderia ser qualquer poema,
Esse poema
Para Taynara.

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